Depois chegaram os outros pássaros e aquela maritaca foi esconder-se entre as folhas das árvores, folhas que comia avidamente, ainda que não façam parte da dieta de tais avezinhas.
Muito, mas muito pequena e assim mansa, pensamos tratar-se de um bebê e evidentemente, precisando de ajuda. Foi muito fácil pegá-la. Na verdade, entre as mãos do Custódio, sem susto, serenamente, ela continuou... comendo. E foi também o que fez, por horas a fio, dentro da gaiola onde a colocamos. Ela veio “com uma fome de anteontem”!!!
Urgência veterinária!!! E lá foi a pequenina conhecer o “pediatra” do Léo e então soubemos que a Natália Aparecida, ou Natalino, diferente do que pensávamos, não é filhote e sim um(a) adolescente, com certeza fugido(a) de alguma gaiola. O corpo coberto de piolhos, as penas muito judiadas e a fome louca, dão a certeza de que estava perdido há muitos dias.
Pequeno demais pra espécie, ainda menor do que a Lili, sob seus 70g, parece não ter sido alimentado adequadamente, cabeçudo e feinho de dar dó, nós adotamos o bichinho. Bem que tentamos achar o dono, fomos pra rua na esperança de encontrar alguém procurando uma maritaca perdida, perguntamos na avicultura do bairro e... nada.
Agora ele, ou ela (saberemos com o resultado do teste de DNA) é nosso. Livre dos piolhos, banhado e alimentado, está de quarentena, longe da Lili e do Léo – este já desconfiado e muito irritado – e estamos procurando conhecê-lo, observando como se comporta já que, em quarenta dias, será integrado à nossa turminha alada.
Quando comentei com o Custódio que foi Papa Noel quem o presenteou com o(a) Nat, ele concordou: “Foi sim, o Papai Noel dele!!”