terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mais um

Na manhã de 24 de Dezembro quando, como de hábito, o Custódio foi colocar frutas pros pássaros que visitam o nosso quintal, deu com um agapornis ciscando por ali. Aproximou-se e ele continuou lá.

Eu sei que já escrevi esse texto aí em cima, em Dezembro passado, mas sou obrigada a repeti-lo graças a pouca criatividade do Papai Noel do Custódio que, todos os anos, insiste em lhe dar o mesmo presente, ou quase o mesmo. Que coisa!
Assim...conheçam o Zé Maria, ou a Maria José, vamos saber em breve.

Quando apareceu aqui, essa belezinha estava perdida havia pouco tempo, já que chegou em muito melhor estado do que o Severino e soubemos ontem pela veterinária, que ele está ótimo e até acima do peso, nos seus cinqüenta gramas!!!

Quem nunca soube de gente que cria gatos ou cães aos montes? Mais do que consegue dar conta? Eu imagino que tais pessoas começaram com dois animais, aí pareceu mais um...alguém levou o quarto... achou o quinto na rua... até que perderam o pé e a noção do absurdo.

Além disso, agapornis gostam de viver em casais, namoram e ficam grudadinhos o tempo todo. O que fazer com esse pequeno solitário?
Estamos em busca de um bom lar para ele. Ou melhor, o Custódio está procurando alguém que já tenha alguns agapornis, cuide muito bem e o queira. Tá certo que não sinto muita dedicação por parte do presenteado, mas ele comentou na loja aqui perto e o dono prontificou-se a ficar com o pequenino, colocá-lo a venda!!!! Imagina!!!!! Falou a respeito com a veterinária, que ficou de ver se encontra a pessoa certa, mas também não parece muito empenhada: “Vamos esperar um tempinho...” Ora! O caso é urgente! Mais uns dias e ele fica aqui mesmo!

Eu bem que tenho tentando não gostar do mocinho, mas como, se passo indiferente e ele pia chamando por mim?

Zé Maria... o voto de todos é num machinho, só eu discordo. Sei lá porque, mas acho que é uma menina. Vamos ver. Assim que sair, repito postagem de novo e publico o resultado do teste de DNA.


fotos do Plínio

terça-feira, 22 de dezembro de 2009




Com o Papai Noel tropical, feliz da vida, eu venci o concurso de tags promovido pelo Ed, entre os participantes do grupo de estudos de PSP que ele coordena e já mencionei neste blog.


Recebi centenas de imagens natalinas para produzir cartões e mal as olhei. Acontece que tenho uma certa implicância com a figura do velhinho e aquela neve toda.

Talvez você já tenha visto neve – eu não – mas com certeza não foi no verão brasileiro. Foi?

Fico pensando... acho que trocamos cartões gelados e aceitamos o velhinho todo agasalhado pela mesma razão que nossos homens usam terno e gravata: falta de adaptação!

Assim... tentei contribuir dando um banho de loja no pobrezinho e modificando a paisagem pra desejar a vocês, senão um Natal ensolarado (exagerei), porque chove sempre, que ele tenha muita luz, alegria e brilho.

A todos os meus amores: Feliz Natal!

Natal com Roberto Carlos

Aconteceu há três Natais.
Comecinho de Dezembro, voltando de passar uns dias com as primas, mal entrei em casa e dei de cara com a novidade! Na parede da copa, onde sempre esteve um lindo relógio que anuncia as horas com doze deliciosos cantos de pássaros da nossa fauna, lá estava ele: Roberto Carlos.

Se você é fã, não me queira mal, mas eu não sou. É um “não gostar” tão profundo que desligo o rádio quando ouço a “real” voz e jamais assisti a um especial de final de ano.

“O que é isso????”

Custódio e Plínio não souberam responder. Coisa do Fausto, com certeza. Foi preciso esperar que ele chegasse... curiosíssima!

Rindo do meu espanto: “Presente!!!! O “seu” Roberto Carlos mandou pra você.

“Seu” Roberto Carlos, de quem ninguém conhece o verdadeiro nome - fiquei sabendo - é proprietário da oficina de nome idêntico e, ele mesmo, dizem (não conheço. Meu carro vai pra funilaria, eu não) um quase clone do “rei da jovem guarda”.

“Ah! Então o relógio é seu! Foi para você o presente, ora! Guarde pra enfeitar a sua sala.”

Foi difícil, porque o Fausto estava em prantos de tanto rir, mas acabou contando que, na oficina, quando foi pegar o carro que lá estava, “seu clone” - embrulho nas mãos - muito tímido perguntou ao Fausto se ele tinha mãe e, diante da resposta positiva, disse orgulhoso:

“Então leva este presente para ela. Sua mãe vai adorar.”

Da parede da copa o relógio saiu no instante seguinte, mas é meu mesmo afinal e mostro pra vocês.

Telefone e tudo, mas não sei... considerando o que tenho ouvido aqui em casa, parece que o serviço de funilaria do mega fã, como seu gosto musical, não é grande coisa.




domingo, 11 de outubro de 2009

Gigante, ambulância e palavrão


Naquela tarde, o Aperibeense jogaria contra Angra dos Reis e era vital que o primeiro vencesse pra manter-se na série B do campeonato estadual. Mas não sabíamos de nada disso. A informação chegou através de um telefonema do secretário de saúde pra Neusa, pedindo que ela fosse até o campo, já que ele estava muito ocupado e o jogo seria cancelado sem a presença dos dois médicos necessários. Seria por pouco tempo, ele ... e não apareceu.


Assim, lá fomos nós (eu não perderia um programa desses) pro Gigante da Beira Linha que realmente fica ao lado dos trilhos da estrada de ferro, mas Gigante???? Ora!

Na pressa e infelizmente, nos esquecemos de levar uma câmera fotográfica. Peguei as imagens na net e, como tem poucas!

É verdade que recebemos tratamento especial: “Venha doutora, a senhora vai ficar na área reservada à equipe médica.” Trata-se de um banco de cimento, sem encosto e sujíssimo! Desejei pertencer à Torcida Jovem Aperibeense, comodamente abrigada nas arquibancadas cobertas.

A tal acomodação reservada ainda fica na lateral e atrás do banco de reservas que impede a visão de um quarto do campo o que, afinal, não foi um grande problema, a bola pouco saiu da área central.

A tarde estava quente, mas nublada e quando começou a garoinha fina e gelada, sem outro abrigo possível, tivemos que correr, os dois médicos e eu, pra dentro da UTI móvel, entre maca e equipamentos. Ah! Aquela cena merecia uma fotografia!



Eu já tinha notado que no Aperibé e no estado todo, algumas das palavras que pra nós paulistas são muito feias, por lá são pronunciadas com tal naturalidade e frequência que deixaram de ser palavrões. Numa partida de futebol, então... nossa! Duas delas, especialmente comuns em eventos esportivos, eu ouvi o tempo todo. Em cada três, uma era “caramba” e/ou “puxa”. “Caramba” e “puxa” porque eu sou paulistana e não vou escrever as originais aqui, mas são tão comuns que o outro médico presente no campo, segundo a Neusa, excelente cirurgião e queridíssimo no lugar, é conhecido e carinhosamente chamado de “Dr. Puxinha”. Bem... não é exatamente isso, mas vocês entenderam.


Ah! Por mais que a gente tenha torcido, não deu pro Aperibeense. Terminou 2x1 pro Angra dos Reis.

sábado, 10 de outubro de 2009

No Aperibé

                                                                                         


Esse pequeno amontoado de ruas, entre os rios Paraíba do Sul e Pomba, no interior do Rio de Janeiro é o Aperibé e pra chegar, partindo de São Paulo, é um tanto sofrido: com muita sorte, são dez horas de Viação Itapemirim, ônibus “convencional” que quer dizer: o mais simplezinho e desconfortável possível. E pra essa minha segunda aventura por lá, foram doze longas horas. Mas vale cada minuto de tortura!



São dez mil habitantes, densidade de 104 por km2, vivendo num lindo pedaço de terra, de vegetação deslumbrante.

A cidade é pobre e não há muito que fazer, por isso e obedecendo um antigo hábito das pequenas povoações, as casas mantém suas portas abertas e, a da Neusa é uma festa permanente. Sem convite e sem aviso, os amigos vão chegando pra horas de conversa boa, churrasco e muita cerveja. Gente de todas as idades reunida... “gente pobre, gente rica, deputado senador...” conversando, rindo e ... muita cerveja!


Desta vez a festa, em comemoração ao aniversário da Neusa, foi especial porque além dos muitos e habituais amigos, contou com a presença da Roberta e do Rodrigo, filhos da Neusa e parte da turminha deles, que levaram muita alegria pra mãe corujíssima e provocaram uma sensível redução na média das idades.

Eu não me lembrava direito de quanto são boas tais reuniões. Obrigada Neusa, amiga querida, por me incluir entre os seus amigos e dividir essa alegria comigo.







sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presente precioso


Encontro e desencontros

Na semana passada, nós, as meninas de “Lembranças, comidinhas e risadas”, marcamos nosso quarto encontro. Cuidadosamente esperado e planejado através de muita conversa por e-mail, durante as quais, quando discutíamos onde iríamos nos encontrar, a Sílvia, que veríamos pela primeira vez depois de quarenta e quatro anos, ofereceu várias sugestões, detalhando endereço, cardápio, preço... “Informadíssima!”, pensamos.
Na manhã do domingo - encontro marcado praquela tarde - Simone ligou aflita:
“Helô, tentei fazer reserva e soube que o bar não existe mais!”
A Suzana já não tinha atendido ao meu telefonema e a Yone, ao da Simone. O que fazer?
O jeito era irmos ao lugar marcado esperarmos pelas amiguinhas incomunicáveis. Fomos e lá, quatro senhoras paradas na esquina, causando estranheza, soubemos que o tal lugar está fechado há três anos. Três!!!
Sílvia, a informada:
“Bem que o meu namorado falou que eu não podia ter colocado sugestões que encontrei na Internet, sem me preocupar em verificar.”
Cena de filme de ação: um enorme carro preto (ou será que o meu é que é muito pequeno?) chega subindo na calçada, bem na curva, e freia tão bruscamente, que imaginei que sairia alguém correndo, fugindo da policia ou, quem sabe, o carro explodiria numa bola de fogo! Era a Suzana.
Impossível descrever a confusão que fizemos pra chegar ao novo local que decidimos ir, mas posso dizer que a Silvia e eu passamos a rua onde ele fica e as outras entraram. Demos uma grande volta pra retornar á tal rua e chegamos antes das outras.
Foi delicioso, como sempre é, reencontrar essas meninas queridas, lembrar juntas de muita coisa tão antiga e tentar colocar em dia mais de quarenta anos das nossas vidas.

Uma morou por muitos anos em Londres; outra vive em Nova Iorque; cidade onde uma terceira passa féria freqüentemente, quando não vai acampar no deserto de Atacama; outra ainda, adorou o Egito... E vc, Helô?
“Eu??? Eu fui pro Aperibé. E vou voltar.”

É verdade, estou de viagem marcada pra retornar ao Aperibé na próxima sexta-feira. Conto assim que chegar de volta.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Formando Gente recebeu um importante selo de qualidade



Parabéns Suely, prêmio merecidíssimo pelo seu talento e dedicação.

Atualizações - IV

Sobre a maritaquinha que apareceu por aqui em dezembro, e ficou (Presente pra quem?), estou devendo notícia.
O feinho, cabeçudo, transformou-se num quase príncipe. Pequeno e não vai crescer, mas gordinho e lindamente emplumado. Bem, não sei porque, mas o belo rabo da espécie, ele não tem.
Rebelde e bravinho, luta pra não ser agarrado, mas depois até fecha os olhos pra curtir o carinho.
Um machinho, como prova o teste de DNA, Natalino virou Severino, ou Verino, que é como Léo fala, nas poucas vezes em que concede dizer o nome do “passarinho”, entre muitos gritos de “chato” e “para”. E olha que ele merece todas as broncas!





domingo, 26 de julho de 2009

Atualizações - III


Propuz um probleminha em "Lembranças, comidinhas e risadas" (junho de 2008). Acho que ninguém tentou encontrar a solução ou, se tentou, não disse nada! Mas ela existe, e segue abaixo:


O problema


1- A menina da posição E comeu bolinhos e chegou antes de mim, que cheguei antes da coleguinha que comeu torradas.

2- A amiga que chegou ao bar, vinda das Perdizes, chegou imediatamente antes da que comeu bolinhos de arroz, que chegou imediatamente antes da menina na posição A.

3- Quem comeu pasteizinhos chegou imediatamente antes da menina da posição D. Simone chegou antes, mas não imediatamente antes, da que saiu da Freguesia do Ó. Essas quatro garotas estavam muito alegres.

4- As quatro coleguinhas e eu somos: Suzana; a que comeu bolinhos de batata; a que estava em Higienópolis; a menininha da posição B na foto e a primeira a chegar no bar.

5 - Aquela que estava na Pompéia chegou imediatamente antes de Márcia. A menina da posição C chegou antes da que comeu espetinho vegetariano. A única das amigas que não está nesta dica, não comeu sobremesa.


A solução


Quem chegou primeiro não foram as meninas: A (2), B (4) e D (3) e não foi a menina E, porque esta comeu bolinhos (1): os de arroz não foram escolhidos pela primeira menina (2), nem os de batata (4). Então a menina identificada pela letra C, foi a primeira a chegar.

A menina C/1ª não comeu torradas (1), bolinhos de arroz (2), bolinhos de batata (4) e espetinhos (5), então a menina C, escolheu pasteizinhos.

De (3), a segunda a chegar foi a menina D.

De (1), a menina E foi a terceira a chegar, portanto Heloisa foi a quarta e a quinta comeu torradas.

Simone não comeu pasteizinhos e nem é a menina D (3), então ela foi a terceira, e a quinta veio da Freguesia do Ó.

Márcia não foi a terceira e nem a quarta menina, então (5) quem estava na Pompéia não chegou em segundo ou em terceiro lugar e também não em primeiro (5), portanto a menina que estava na Pompéia foi a quarta a chegar e Márcia, a quinta.

Das cinco meninas listadas em (4), Márcia só pode ser a da posição B e a menina A, a quarta a chegar.

De (2), os bolinhos de arroz foram escolhidos pela terceira menina e a segunda estava nas Perdizes.

Os espetinhos não foram escolhidos pela quarta menina (5), então quem os preferiu foi a segunda a chegar e os bolinhos de batata, a quarta.

Quem estava em Higienópolis não foi a primeira a chegar (5), então foi a terceira e a primeira, estava em Pinheiros.

De (5), a primeira a chegar não foi Suzana, então foi Yone e Suzana chegou em segundo lugar.




Atualizações - II



Em “Clique na lousa”(maio de 2008), eu falei sobre as aulas de animação que a Regina oferece no Orkut. Agora elas estão em novo endereço, numa comunidade só nossa que, neste momento, conta com 34 433 membros. Nossa sim, porque sou moderadora lá e fui presenteada com um fórum onde faço plásticas virtuais. O que são plásticas virtuais? Só conto pra quem não tiver uma conta Orkut.
Os trabalhos com imagens são uma delícia, mas ocupam um tempo enorme (bem... eu sou lenta) e é por conta deles que não escrevi aqui por tantos meses. Estou inscrita em dois grupos de aulas e os recomendo:


Além das aulas, no Portal, contamos com a infinita paciência da Marly e dedicação da Déia, que gerenciam o grupo com atenção e muito carinho. Faço parte da equipe de moderadoras, estamos em fase de reformas e teremos grandes e fantásticas novidades





As aulas do Ed são precisas e detalhadas, ótimas. Quem as corrige é a Andréa e eu nem imagino como ela dá conta, mas dá e cuida pra que o curso funcione direitinho na ausência do seu criador.



No T e T by Friends não há aulas, os trabalhos são sugeridos e não há correção, trata-se de um grupo pra quem já sabe um pouco treinar e aprender mais.
A Marly tem alguns dos resultados no seu blog, criado especialmente para apresentá-los.




A ilustração final é um trabalho meu, muito especial porque está publicado. Eu o fiz a pedido da Suely para ser acrescentado ao blog, criado e organizado por ela, do programa de creches da prefeitura de Itanhaém. O mascotinho é criação da Mariana, menina cheia de talento, e eu apenas animei.
Suely querida, pega aí a redução que você pediu.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Atualizações - I

Há muito tempo não consigo escrever aqui, tanto, mas tanto, que muita coisa está desatualizada. Antes de contar novas histórias, vou tentar colocar tudo em dia, procurando obedecer à ordem dos assuntos postados.

A Sina Do Fausto (novembro de 2007)

Foram necessários dois anos pra que o Fausto pudesse rodar com o carro. Muito mais na oficina do que com ele, várias peças substituídas (algumas, mais de uma vez), muita discussão e finalmente, o carro anda, precariamente é verdade, mas anda... e trocar, que era o que tinha que ser feito, a Ford não trocou.

E a sina continua...

Em outubro do ano passado, o Fausto foi para Caxias do Sul a trabalho. Quando pedi para ligar assim que chegasse, ele disse que provavelmente ligaria muito tarde porque o aeroporto lá, costuma ficar fechado por conta do clima serrano. Até brinquei, perguntando pra que o aeroporto foi construído então e achei graça quando ele telefonou poucas horas depois pra dizer que já havia chegado e que estava tudo bem. Não pensei na volta...
Dois dias depois, logo cedo, quando já deveria ter saído de Caxias do Sul, o Fausto ligou pra dizer que o aeroporto estava fechado e seria preciso tomar um ônibus até Porto Alegre pra embarcar lá.
Muitas horas depois, ligou novamente dando conta de que teria que esperar mais algumas, os vôos estavam saindo com atraso. Esta foi a última notícia que ouvi, as seguintes, li no celular.





Eram duas horas da manhã, doze depois da prevista quando ele chegou pra pegar o carro que tinha deixado aqui e, no dia seguinte, fiquei sabendo que quando sobrevoava Campinas, o comandante falou aos passageiros que todas as aeronaves programadas pra aterrissar em São Paulo, estavam sendo encaminhadas pra lá e que os aviões com pouco combustível, são sempre os primeiros a descer, e concluiu: “Feliz ou infelizmente, estamos com os tanques cheios”, e foi o último avião a pousar naquela noite, antes que o aeroporto fechasse.