domingo, 18 de julho de 2010

Você já foi a Ubatuba?

 
     Pena que esfriou, choveu e prometia permanecer assim por vários dias, senão teríamos ficado mais, com chuva e tudo. Ubatuba molhada é chatíssima, mas se você estiver hospedado da pousada da Graça, é muito mais gostoso.
      Vivenda do Flamboyant, se você não conhece, na primeira oportunidade, vá. Se você conhece, volte. Tudo limpíssimo e suavemente perfumado. Esqueça aquele cheirinho de mofo tão freqüente nas casas de praia.
      Café da manhã delicioso, farto, que agrada ao paladar e aos olhos. Sobre a mesa é tudo perfeito em cada detalhe: pães, bolos e frutas cuidadosamente arrumados em cestas e pratos, jarras de sucos sobre pratinhos enfeitados com toalhinhas, combinando com o acabamento do tule que as cobre e mesas decoradas com gosto e capricho. Mas tem uma coisa: Graça, banana frita e doce de abacaxi com canela, é quase maldade!
      Está certo que não sou uma pessoa muito “viajada”, mas conheço algumas acomodações pelo país afora, até umas poucas muito estreladas e garanto que nada é como a pousada da Graça. Tais hotéis oferecem, e você paga por eles, uma série de serviços dos quais ninguém precisa.
      Bem, eu não, mas talvez você goste de malhar, precise arrumar os cabelos ou as unhas ou de repente, uma dorzinha chata e você necessite de uma massagem. É só falar com o pessoal lá e um profissional vai até a pousada para atendê-lo. Se uma esteira e uma pequena piscina forem suficientes, você as tem à sua disposição.
      Pra mim, tem tudo: internet sem fio, pra conctar o note no apartamento; muitos DVDs e uma  boa biblioteca.
      Os jardins são sempre bem cuidados, e toda a pousada é decorada com gosto e carinho: mil enfeitezinhos caprichosamente colocados por todos os cantos, formando um todo delicado e agradável.
      Você ainda vai se divertir com as aves: os papagaios Joca e Noca e as calopsitas namoradeiras.
      Uma última dica: não perca o banho da Noca! É interessantíssimo!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Para Lúcia

Fomos ingênuas apostando na eternidade. Sobrou saudade prima, feita mais dos encontros que não realizamos, das longas conversas que prometemos e não cumprimos do que de poucas e antigas lembranças.
Esta manhã Cuca, quando vi que tínhamos perdido a nossa Lili, recomendei a ela que fosse lhe fazer companhia. Uma avezinha delicada e doce, há de encontrá-la com facilidade.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mais um

Na manhã de 24 de Dezembro quando, como de hábito, o Custódio foi colocar frutas pros pássaros que visitam o nosso quintal, deu com um agapornis ciscando por ali. Aproximou-se e ele continuou lá.

Eu sei que já escrevi esse texto aí em cima, em Dezembro passado, mas sou obrigada a repeti-lo graças a pouca criatividade do Papai Noel do Custódio que, todos os anos, insiste em lhe dar o mesmo presente, ou quase o mesmo. Que coisa!
Assim...conheçam o Zé Maria, ou a Maria José, vamos saber em breve.

Quando apareceu aqui, essa belezinha estava perdida havia pouco tempo, já que chegou em muito melhor estado do que o Severino e soubemos ontem pela veterinária, que ele está ótimo e até acima do peso, nos seus cinqüenta gramas!!!

Quem nunca soube de gente que cria gatos ou cães aos montes? Mais do que consegue dar conta? Eu imagino que tais pessoas começaram com dois animais, aí pareceu mais um...alguém levou o quarto... achou o quinto na rua... até que perderam o pé e a noção do absurdo.

Além disso, agapornis gostam de viver em casais, namoram e ficam grudadinhos o tempo todo. O que fazer com esse pequeno solitário?
Estamos em busca de um bom lar para ele. Ou melhor, o Custódio está procurando alguém que já tenha alguns agapornis, cuide muito bem e o queira. Tá certo que não sinto muita dedicação por parte do presenteado, mas ele comentou na loja aqui perto e o dono prontificou-se a ficar com o pequenino, colocá-lo a venda!!!! Imagina!!!!! Falou a respeito com a veterinária, que ficou de ver se encontra a pessoa certa, mas também não parece muito empenhada: “Vamos esperar um tempinho...” Ora! O caso é urgente! Mais uns dias e ele fica aqui mesmo!

Eu bem que tenho tentando não gostar do mocinho, mas como, se passo indiferente e ele pia chamando por mim?

Zé Maria... o voto de todos é num machinho, só eu discordo. Sei lá porque, mas acho que é uma menina. Vamos ver. Assim que sair, repito postagem de novo e publico o resultado do teste de DNA.


fotos do Plínio

terça-feira, 22 de dezembro de 2009




Com o Papai Noel tropical, feliz da vida, eu venci o concurso de tags promovido pelo Ed, entre os participantes do grupo de estudos de PSP que ele coordena e já mencionei neste blog.


Recebi centenas de imagens natalinas para produzir cartões e mal as olhei. Acontece que tenho uma certa implicância com a figura do velhinho e aquela neve toda.

Talvez você já tenha visto neve – eu não – mas com certeza não foi no verão brasileiro. Foi?

Fico pensando... acho que trocamos cartões gelados e aceitamos o velhinho todo agasalhado pela mesma razão que nossos homens usam terno e gravata: falta de adaptação!

Assim... tentei contribuir dando um banho de loja no pobrezinho e modificando a paisagem pra desejar a vocês, senão um Natal ensolarado (exagerei), porque chove sempre, que ele tenha muita luz, alegria e brilho.

A todos os meus amores: Feliz Natal!

Natal com Roberto Carlos

Aconteceu há três Natais.
Comecinho de Dezembro, voltando de passar uns dias com as primas, mal entrei em casa e dei de cara com a novidade! Na parede da copa, onde sempre esteve um lindo relógio que anuncia as horas com doze deliciosos cantos de pássaros da nossa fauna, lá estava ele: Roberto Carlos.

Se você é fã, não me queira mal, mas eu não sou. É um “não gostar” tão profundo que desligo o rádio quando ouço a “real” voz e jamais assisti a um especial de final de ano.

“O que é isso????”

Custódio e Plínio não souberam responder. Coisa do Fausto, com certeza. Foi preciso esperar que ele chegasse... curiosíssima!

Rindo do meu espanto: “Presente!!!! O “seu” Roberto Carlos mandou pra você.

“Seu” Roberto Carlos, de quem ninguém conhece o verdadeiro nome - fiquei sabendo - é proprietário da oficina de nome idêntico e, ele mesmo, dizem (não conheço. Meu carro vai pra funilaria, eu não) um quase clone do “rei da jovem guarda”.

“Ah! Então o relógio é seu! Foi para você o presente, ora! Guarde pra enfeitar a sua sala.”

Foi difícil, porque o Fausto estava em prantos de tanto rir, mas acabou contando que, na oficina, quando foi pegar o carro que lá estava, “seu clone” - embrulho nas mãos - muito tímido perguntou ao Fausto se ele tinha mãe e, diante da resposta positiva, disse orgulhoso:

“Então leva este presente para ela. Sua mãe vai adorar.”

Da parede da copa o relógio saiu no instante seguinte, mas é meu mesmo afinal e mostro pra vocês.

Telefone e tudo, mas não sei... considerando o que tenho ouvido aqui em casa, parece que o serviço de funilaria do mega fã, como seu gosto musical, não é grande coisa.




domingo, 11 de outubro de 2009

Gigante, ambulância e palavrão


Naquela tarde, o Aperibeense jogaria contra Angra dos Reis e era vital que o primeiro vencesse pra manter-se na série B do campeonato estadual. Mas não sabíamos de nada disso. A informação chegou através de um telefonema do secretário de saúde pra Neusa, pedindo que ela fosse até o campo, já que ele estava muito ocupado e o jogo seria cancelado sem a presença dos dois médicos necessários. Seria por pouco tempo, ele ... e não apareceu.


Assim, lá fomos nós (eu não perderia um programa desses) pro Gigante da Beira Linha que realmente fica ao lado dos trilhos da estrada de ferro, mas Gigante???? Ora!

Na pressa e infelizmente, nos esquecemos de levar uma câmera fotográfica. Peguei as imagens na net e, como tem poucas!

É verdade que recebemos tratamento especial: “Venha doutora, a senhora vai ficar na área reservada à equipe médica.” Trata-se de um banco de cimento, sem encosto e sujíssimo! Desejei pertencer à Torcida Jovem Aperibeense, comodamente abrigada nas arquibancadas cobertas.

A tal acomodação reservada ainda fica na lateral e atrás do banco de reservas que impede a visão de um quarto do campo o que, afinal, não foi um grande problema, a bola pouco saiu da área central.

A tarde estava quente, mas nublada e quando começou a garoinha fina e gelada, sem outro abrigo possível, tivemos que correr, os dois médicos e eu, pra dentro da UTI móvel, entre maca e equipamentos. Ah! Aquela cena merecia uma fotografia!



Eu já tinha notado que no Aperibé e no estado todo, algumas das palavras que pra nós paulistas são muito feias, por lá são pronunciadas com tal naturalidade e frequência que deixaram de ser palavrões. Numa partida de futebol, então... nossa! Duas delas, especialmente comuns em eventos esportivos, eu ouvi o tempo todo. Em cada três, uma era “caramba” e/ou “puxa”. “Caramba” e “puxa” porque eu sou paulistana e não vou escrever as originais aqui, mas são tão comuns que o outro médico presente no campo, segundo a Neusa, excelente cirurgião e queridíssimo no lugar, é conhecido e carinhosamente chamado de “Dr. Puxinha”. Bem... não é exatamente isso, mas vocês entenderam.


Ah! Por mais que a gente tenha torcido, não deu pro Aperibeense. Terminou 2x1 pro Angra dos Reis.

sábado, 10 de outubro de 2009

No Aperibé

                                                                                         


Esse pequeno amontoado de ruas, entre os rios Paraíba do Sul e Pomba, no interior do Rio de Janeiro é o Aperibé e pra chegar, partindo de São Paulo, é um tanto sofrido: com muita sorte, são dez horas de Viação Itapemirim, ônibus “convencional” que quer dizer: o mais simplezinho e desconfortável possível. E pra essa minha segunda aventura por lá, foram doze longas horas. Mas vale cada minuto de tortura!



São dez mil habitantes, densidade de 104 por km2, vivendo num lindo pedaço de terra, de vegetação deslumbrante.

A cidade é pobre e não há muito que fazer, por isso e obedecendo um antigo hábito das pequenas povoações, as casas mantém suas portas abertas e, a da Neusa é uma festa permanente. Sem convite e sem aviso, os amigos vão chegando pra horas de conversa boa, churrasco e muita cerveja. Gente de todas as idades reunida... “gente pobre, gente rica, deputado senador...” conversando, rindo e ... muita cerveja!


Desta vez a festa, em comemoração ao aniversário da Neusa, foi especial porque além dos muitos e habituais amigos, contou com a presença da Roberta e do Rodrigo, filhos da Neusa e parte da turminha deles, que levaram muita alegria pra mãe corujíssima e provocaram uma sensível redução na média das idades.

Eu não me lembrava direito de quanto são boas tais reuniões. Obrigada Neusa, amiga querida, por me incluir entre os seus amigos e dividir essa alegria comigo.







sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presente precioso


Encontro e desencontros

Na semana passada, nós, as meninas de “Lembranças, comidinhas e risadas”, marcamos nosso quarto encontro. Cuidadosamente esperado e planejado através de muita conversa por e-mail, durante as quais, quando discutíamos onde iríamos nos encontrar, a Sílvia, que veríamos pela primeira vez depois de quarenta e quatro anos, ofereceu várias sugestões, detalhando endereço, cardápio, preço... “Informadíssima!”, pensamos.
Na manhã do domingo - encontro marcado praquela tarde - Simone ligou aflita:
“Helô, tentei fazer reserva e soube que o bar não existe mais!”
A Suzana já não tinha atendido ao meu telefonema e a Yone, ao da Simone. O que fazer?
O jeito era irmos ao lugar marcado esperarmos pelas amiguinhas incomunicáveis. Fomos e lá, quatro senhoras paradas na esquina, causando estranheza, soubemos que o tal lugar está fechado há três anos. Três!!!
Sílvia, a informada:
“Bem que o meu namorado falou que eu não podia ter colocado sugestões que encontrei na Internet, sem me preocupar em verificar.”
Cena de filme de ação: um enorme carro preto (ou será que o meu é que é muito pequeno?) chega subindo na calçada, bem na curva, e freia tão bruscamente, que imaginei que sairia alguém correndo, fugindo da policia ou, quem sabe, o carro explodiria numa bola de fogo! Era a Suzana.
Impossível descrever a confusão que fizemos pra chegar ao novo local que decidimos ir, mas posso dizer que a Silvia e eu passamos a rua onde ele fica e as outras entraram. Demos uma grande volta pra retornar á tal rua e chegamos antes das outras.
Foi delicioso, como sempre é, reencontrar essas meninas queridas, lembrar juntas de muita coisa tão antiga e tentar colocar em dia mais de quarenta anos das nossas vidas.

Uma morou por muitos anos em Londres; outra vive em Nova Iorque; cidade onde uma terceira passa féria freqüentemente, quando não vai acampar no deserto de Atacama; outra ainda, adorou o Egito... E vc, Helô?
“Eu??? Eu fui pro Aperibé. E vou voltar.”

É verdade, estou de viagem marcada pra retornar ao Aperibé na próxima sexta-feira. Conto assim que chegar de volta.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Formando Gente recebeu um importante selo de qualidade



Parabéns Suely, prêmio merecidíssimo pelo seu talento e dedicação.

Atualizações - IV

Sobre a maritaquinha que apareceu por aqui em dezembro, e ficou (Presente pra quem?), estou devendo notícia.
O feinho, cabeçudo, transformou-se num quase príncipe. Pequeno e não vai crescer, mas gordinho e lindamente emplumado. Bem, não sei porque, mas o belo rabo da espécie, ele não tem.
Rebelde e bravinho, luta pra não ser agarrado, mas depois até fecha os olhos pra curtir o carinho.
Um machinho, como prova o teste de DNA, Natalino virou Severino, ou Verino, que é como Léo fala, nas poucas vezes em que concede dizer o nome do “passarinho”, entre muitos gritos de “chato” e “para”. E olha que ele merece todas as broncas!





domingo, 26 de julho de 2009

Atualizações - III


Propuz um probleminha em "Lembranças, comidinhas e risadas" (junho de 2008). Acho que ninguém tentou encontrar a solução ou, se tentou, não disse nada! Mas ela existe, e segue abaixo:


O problema


1- A menina da posição E comeu bolinhos e chegou antes de mim, que cheguei antes da coleguinha que comeu torradas.

2- A amiga que chegou ao bar, vinda das Perdizes, chegou imediatamente antes da que comeu bolinhos de arroz, que chegou imediatamente antes da menina na posição A.

3- Quem comeu pasteizinhos chegou imediatamente antes da menina da posição D. Simone chegou antes, mas não imediatamente antes, da que saiu da Freguesia do Ó. Essas quatro garotas estavam muito alegres.

4- As quatro coleguinhas e eu somos: Suzana; a que comeu bolinhos de batata; a que estava em Higienópolis; a menininha da posição B na foto e a primeira a chegar no bar.

5 - Aquela que estava na Pompéia chegou imediatamente antes de Márcia. A menina da posição C chegou antes da que comeu espetinho vegetariano. A única das amigas que não está nesta dica, não comeu sobremesa.


A solução


Quem chegou primeiro não foram as meninas: A (2), B (4) e D (3) e não foi a menina E, porque esta comeu bolinhos (1): os de arroz não foram escolhidos pela primeira menina (2), nem os de batata (4). Então a menina identificada pela letra C, foi a primeira a chegar.

A menina C/1ª não comeu torradas (1), bolinhos de arroz (2), bolinhos de batata (4) e espetinhos (5), então a menina C, escolheu pasteizinhos.

De (3), a segunda a chegar foi a menina D.

De (1), a menina E foi a terceira a chegar, portanto Heloisa foi a quarta e a quinta comeu torradas.

Simone não comeu pasteizinhos e nem é a menina D (3), então ela foi a terceira, e a quinta veio da Freguesia do Ó.

Márcia não foi a terceira e nem a quarta menina, então (5) quem estava na Pompéia não chegou em segundo ou em terceiro lugar e também não em primeiro (5), portanto a menina que estava na Pompéia foi a quarta a chegar e Márcia, a quinta.

Das cinco meninas listadas em (4), Márcia só pode ser a da posição B e a menina A, a quarta a chegar.

De (2), os bolinhos de arroz foram escolhidos pela terceira menina e a segunda estava nas Perdizes.

Os espetinhos não foram escolhidos pela quarta menina (5), então quem os preferiu foi a segunda a chegar e os bolinhos de batata, a quarta.

Quem estava em Higienópolis não foi a primeira a chegar (5), então foi a terceira e a primeira, estava em Pinheiros.

De (5), a primeira a chegar não foi Suzana, então foi Yone e Suzana chegou em segundo lugar.




Atualizações - II



Em “Clique na lousa”(maio de 2008), eu falei sobre as aulas de animação que a Regina oferece no Orkut. Agora elas estão em novo endereço, numa comunidade só nossa que, neste momento, conta com 34 433 membros. Nossa sim, porque sou moderadora lá e fui presenteada com um fórum onde faço plásticas virtuais. O que são plásticas virtuais? Só conto pra quem não tiver uma conta Orkut.
Os trabalhos com imagens são uma delícia, mas ocupam um tempo enorme (bem... eu sou lenta) e é por conta deles que não escrevi aqui por tantos meses. Estou inscrita em dois grupos de aulas e os recomendo:


Além das aulas, no Portal, contamos com a infinita paciência da Marly e dedicação da Déia, que gerenciam o grupo com atenção e muito carinho. Faço parte da equipe de moderadoras, estamos em fase de reformas e teremos grandes e fantásticas novidades





As aulas do Ed são precisas e detalhadas, ótimas. Quem as corrige é a Andréa e eu nem imagino como ela dá conta, mas dá e cuida pra que o curso funcione direitinho na ausência do seu criador.



No T e T by Friends não há aulas, os trabalhos são sugeridos e não há correção, trata-se de um grupo pra quem já sabe um pouco treinar e aprender mais.
A Marly tem alguns dos resultados no seu blog, criado especialmente para apresentá-los.




A ilustração final é um trabalho meu, muito especial porque está publicado. Eu o fiz a pedido da Suely para ser acrescentado ao blog, criado e organizado por ela, do programa de creches da prefeitura de Itanhaém. O mascotinho é criação da Mariana, menina cheia de talento, e eu apenas animei.
Suely querida, pega aí a redução que você pediu.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Atualizações - I

Há muito tempo não consigo escrever aqui, tanto, mas tanto, que muita coisa está desatualizada. Antes de contar novas histórias, vou tentar colocar tudo em dia, procurando obedecer à ordem dos assuntos postados.

A Sina Do Fausto (novembro de 2007)

Foram necessários dois anos pra que o Fausto pudesse rodar com o carro. Muito mais na oficina do que com ele, várias peças substituídas (algumas, mais de uma vez), muita discussão e finalmente, o carro anda, precariamente é verdade, mas anda... e trocar, que era o que tinha que ser feito, a Ford não trocou.

E a sina continua...

Em outubro do ano passado, o Fausto foi para Caxias do Sul a trabalho. Quando pedi para ligar assim que chegasse, ele disse que provavelmente ligaria muito tarde porque o aeroporto lá, costuma ficar fechado por conta do clima serrano. Até brinquei, perguntando pra que o aeroporto foi construído então e achei graça quando ele telefonou poucas horas depois pra dizer que já havia chegado e que estava tudo bem. Não pensei na volta...
Dois dias depois, logo cedo, quando já deveria ter saído de Caxias do Sul, o Fausto ligou pra dizer que o aeroporto estava fechado e seria preciso tomar um ônibus até Porto Alegre pra embarcar lá.
Muitas horas depois, ligou novamente dando conta de que teria que esperar mais algumas, os vôos estavam saindo com atraso. Esta foi a última notícia que ouvi, as seguintes, li no celular.





Eram duas horas da manhã, doze depois da prevista quando ele chegou pra pegar o carro que tinha deixado aqui e, no dia seguinte, fiquei sabendo que quando sobrevoava Campinas, o comandante falou aos passageiros que todas as aeronaves programadas pra aterrissar em São Paulo, estavam sendo encaminhadas pra lá e que os aviões com pouco combustível, são sempre os primeiros a descer, e concluiu: “Feliz ou infelizmente, estamos com os tanques cheios”, e foi o último avião a pousar naquela noite, antes que o aeroporto fechasse.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Presente para quem?

Na manhã de 26 de Dezembro quando, como de hábito, o Custódio foi colocar frutas pros pássaros que visitam o nosso quintal, deu com uma maritaca ciscando por ali. Aproximou-se e ela continuou lá. Fato estranho porque elas costumam fugir imediatamente e aos gritos. Chegou muito perto, ofereceu banana e o bichinho comeu.

Depois chegaram os outros pássaros e aquela maritaca foi esconder-se entre as folhas das árvores, folhas que comia avidamente, ainda que não façam parte da dieta de tais avezinhas.


Muito, mas muito pequena e assim mansa, pensamos tratar-se de um bebê e evidentemente, precisando de ajuda. Foi muito fácil pegá-la. Na verdade, entre as mãos do Custódio, sem susto, serenamente, ela continuou... comendo. E foi também o que fez, por horas a fio, dentro da gaiola onde a colocamos. Ela veio “com uma fome de anteontem”!!!


Urgência veterinária!!! E lá foi a pequenina conhecer o “pediatra” do Léo e então soubemos que a Natália Aparecida, ou Natalino, diferente do que pensávamos, não é filhote e sim um(a) adolescente, com certeza fugido(a) de alguma gaiola. O corpo coberto de piolhos, as penas muito judiadas e a fome louca, dão a certeza de que estava perdido há muitos dias.


Pequeno demais pra espécie, ainda menor do que a Lili, sob seus 70g, parece não ter sido alimentado adequadamente, cabeçudo e feinho de dar dó, nós adotamos o bichinho. Bem que tentamos achar o dono, fomos pra rua na esperança de encontrar alguém procurando uma maritaca perdida, perguntamos na avicultura do bairro e... nada.

Agora ele, ou ela (saberemos com o resultado do teste de DNA) é nosso. Livre dos piolhos, banhado e alimentado, está de quarentena, longe da Lili e do Léo – este já desconfiado e muito irritado – e estamos procurando conhecê-lo, observando como se comporta já que, em quarenta dias, será integrado à nossa turminha alada.

Quando comentei com o Custódio que foi Papa Noel quem o presenteou com o(a) Nat, ele concordou: “Foi sim, o Papai Noel dele!!”

sábado, 1 de novembro de 2008

O 8017 e a Porquinha




clique na placa

O caso aconteceu há muitos anos, num tempo em que no Rio de Janeiro havia casas e quintais que comportavam criação.

No início de carreira, empregada em dois hospitais públicos, Dra Neusa montou o seu primeiro consultório, estrategicamente em algum ponto ente eles e foi aí que ela entendeu que, se a medicina havia sido a escolha certa, pro comércio não tinha a menor vocação. Os clientes eram orientados a procurá-la em um dois hospitais, o que quer dizer que jamais pagavam além da primeira consulta e pior, alguns deles usavam estranhas moedas... mas é melhor que ela conte:

“Uma das clientes que transferi do consultório para o serviço público, foi no meu trabalho e levou uma leitoa para que fosse engordada para o Natal. Chegou a bichinha dentro de um saco bem fechado, só com uns furinhos para que respirasse. Eu fiquei apavorada, queria trancar no porta malas do carro mas disseram que ela morreria sem ar...então o jeito foi colocar na parte traseira do meu fusquinha, atrás do banco do carona. E lá fui eu, morrendo de medo...Ao parar em um sinal fechado de uma rua movimentadíssima, a bichinha deu um grunhido tão alto e estridente que, sem pensar e apavorada, saí do carro e corri para a calçada. O sinal abriu, uma buzinação terrível atrás de mim (de mim não, do carro que a esta altura estava abandonado no meio do trânsito), e eu tremendo na calçada achando que a dita cuja tivesse se soltado...”


Autoridade presente e atenta, o guarda de trânsito foi rapidamente em direção a ela, cara de poucos amigos, apitando a plenos pulmões e gritando: Oitenta dezessete!!! Apitando e gritando... mas acabou sorrindo com compreensão quando soube do drama e, muito gentil ...

“...foi até o carro verificar o estado da meliante e voltou me tranquilizando, garantindo que a leitoa estava bem presa e não tinha a menor possibilidade de soltar-se... Agradeci, voltei para o carro e consegui chegar em casa.
Minha mãe foi a primeira a ver e a se apaixonar pela leitoa que recebeu o nome de dona Flor. Providenciou um cercado e ali dona Flor teve seus dias de glória... o cercado era tão limpo e cheiroso que não podia ser chamado de chiqueiro. Dona Flor era cor de rosa, tomava vários banhos por dia, usava um laço no pescoço (ela tinha laços de várias cores, mas me lembro particularmente de um vermelho, que minha mãe achava combinar com a tez rosada da menina). Era igualzinha a essas leitoas de histórias em quadrinhos. Quando minha mãe chegava, dona Flor deitava e ficava esperando pelo cafuné na barriga, e lá ficavam as duas horas a fio... Um dia meu pai, alto conhecedor de culinária, achou que a leitoa estava no ponto certo de ser pururucada. Como eu pouco parava em casa não me lembro dos detalhes da morte da menina, mas lembro perfeitamente do dia em que ela foi à mesa, linda, cheia de farofa... impossível também esquecer o choro sofrido de minha mãe, correndo para se trancar no quarto pois não podia nem ver dona Flor sendo servida... Ninguém conseguiu comer ante o sofrimento verdadeiro de mamãe... terminou com a família toda chorando, solidária. Meu pai sumiu com a leitoa (depois soubemos que ele deu para um vizinho, que ficou felicíssimo com o saboroso presente), e nós provavelmente não almoçamos naquele dia. As leitoas que ganhei posteriormente, foram terminantemente proibidas de serem levadas pra casa.”

Fica a pergunta: onde terá a Neusa depositado os pagamentos em “moeda vivente” que vieram depois?

sábado, 23 de agosto de 2008

Filhos e filhinhos

Sobre os bichinhos alados ainda, e muito.
Quando a Brenda, a rottweiler, estava bem velhinha, decidimos que ela seria a última de uma série de cadelas que tivemos. Não havia mais crianças pra brincar e os cuidados com cães dão um trabalho enorme. Quem os tem, sabe. Mas... nenhum animal? Que sem graça!!!
Foi por essa razão e porque se encantou com as calopsitas que viu numa loja aqui perto, que o Plínio resolveu dar uma de presente no aniversário do pai, há quatro anos.
Fui com ele escolher e entre as três que havia a venda, ainda muito nenês e feinhas, preferi a menorzinha (muito menor do que as outras) porque era a mais agitada, exigente e engraçadinha. Nenhuma certeza de que fosse uma fêmea, só a carinha delicada dava a dica. Nós a chamamos Lili, simples e fácil pra ela aprender.
Mais tarde, diante dos primeiros de um monte de ovos que ela insiste em botar, soubemos que não nos enganamos.
Depois veio o Léo. Na verdade, o Custódio pensou num papagaio, mas como ele queria uma animal a quem pudesse mimar, apenas mimar, nos decidimos por uma arara que, segundo várias fontes, é um ave muito dócil, mansa e de fala limitada. Bem... só se forem as outras, porque nada disso se aplica ao Léo! Ele é bravinho, desconfiado, temperamental e fala mais e melhor do qualquer papagaio de que eu tenho notícia.
Também ele foi batizado pela carinha de menino, e o exame de DNA, logo depois, confirmou.
O Custódio é o “papai”. Louco por eles e plenamente correspondido no seu amor e dedicação.
Em 2006, no aniversário, e é sempre complicado escolher um presente pro Custódio, o Fausto teve a idéia das camisetas. As pessoas mandam estampar fotos dos filhos e declarações de amor a eles. Por que não crianças assim... meio diferentes?
Não estava junto, mas soube que quando o rapaz que os atendeu na loja editou as imagens e os meninos disseram o que ele deveria escrever, arregalou os olhos e perguntou:
“- Mas quem é o pai????” e ouviu: “- O nosso. Deles e nosso.”


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Olha quem está falando também

Pensei em escrever sobre o Léo só quando pudesse provar o que tenho pra contar, mas o cara é muito difícil: fotografar é uma aventura, ele não para quieto e por menor que seja a velocidade que a gente escolha, a foto sai tremida e escura demais; diante de uma filmadora fica estático e muito desconfiado e quando ligo o gravador e imploro ansiosamente pra que fale, ele emudece.
Correndo o risco de ser chamada de louca ou pior, mentirosa, a partir de agora, o Léo entra nas historinhas aqui... ou melhor, entram: a Lili também.
Ele é um lindo macho de arara canindé; ela, uma calopsita loirinha e eu duvido que alguém não soubesse.
Há quatro anos, quando compramos o Léo, devidamente anilhado e registrado, a Lili tinha seis ou sete meses e já ensaiava imitações dos pássaros que cantam no quintal. “bem te vi” até que saía bastante bem.


Ele chegou e ela nunca mais disse nada diferente de “piu". Um piu tão insistente que o Léo – e este fala e conversa muito – costuma perder a paciência e reclamar: “Pára!!! Não pode piu!!! Chato!”
No finalzinho de junho, o Léo ficou doente, muito doente. Vítima de uma infecção bacteriana crônica e severa, só não o perdemos porque pudemos proporcionar cuidados veterinários intensos e profundamente... estressantes.
Mais de trinta picadas de injeção em quinze dias, num corpinho de um quilo. Que judiação!!!
Um tanto por conta das bactérias instaladas na traquéia, outro pela tortura a que foi submetido, o Léo parou de falar. Mais de um mês e nem uma palavrinha sequer. Ô silêncio dolorido!
Hoje, completamente curado (assim esperamos), a voz está voltando aos poucos e o muito legal é que agora temos dois psitacídeos falantes porque a rainha do “piu” desandou a falar também.
Como e por que, aos quatro anos e meio de idade, essa avezinha resolveu falar?
Talvez de alguma forma a loquacidade do Léo a intimidasse ou, quem sabe, fosse ele o elemento falante do bando (eles obedecem a uma rigorosa hierarquia) e quando se calou, ela teve que assumir a função. Não sei e acho que nunca saberemos, mas estamos adorando!!!!

domingo, 27 de julho de 2008

Ela pediu


Gosto muito de produtos orgânicos e tenho comprado legumes, verduras, sucos e laticínios pela internet. Você entra na , faz seu cadastro e recebe, todas as semanas, uma planilha EXCEL com os itens disponíveis, escolhe, envia de volta e eles entregam na sua casa, nas terças feiras. Tudo muito fresco, cheiroso e sem agrotóxicos.
Aqui, o entregador costuma chegar pouco antes da hora do almoço e, numa terça feira, eu estava muito atarefada fritando lingüiça. Se você, alguma vez na vida já fritou lingüiça sabe que convém proteger os cabelos, caso contrário, depois não pega nem sabão de sebo! Assim, abri a porta de lenço na cabeça.
Naquele dia, a Jussara, secretária que troca e-mails com os clientes, estava acompanhando o entregador. Ela foi entrando e falando que não deu pra arranjar os três quilos de feijão preto que “ela” pediu e ... um tanto lenta, só entendi no segundo “ela” e no terceiro, esclareci: “Ela sou eu.”
Olha que o tal lenço nem é daqueles estampados demais, de tecido sintético e brilhante, é branco e pintado à mão com muito bom gosto, mas não evitou a cara de cozinheira.
Soube depois que a Isabel, que é quem lava as roupas pra mim, diante do espanto do entregador, teve que explicar que “a patroa gosta de cozinhar.” Ela e a Maria, que cuida da faxina, riram muito e estão rindo da minha cara até hoje.
Aceita um conselho?
Jamais abra a porta de lenço na cabeça.

sábado, 14 de junho de 2008

Lembranças, comidinhas e risadas

Ontem, 44 anos depois de termos posado pra essa foto, nós, as meninas identificadas por letras, jantamos juntas num bar em São Paulo.
Nossa! Como é bom reencontrar as amiguinhas e como conversamos! Dentre os muitos e muitos assuntos sobre os quais falamos no jantar, de forma atabalhoada, como convém a um bom encontro desses, relacionamos o que temos feito pra exercitar raciocínio e memória, coisa importantíssima pra qualquer um que apareça numa foto tirada há mais de quarenta anos.
Cada uma tem suas preferências: leitura, palavras cruzadas, sudoku... Eu gosto de joguinhos de lógica e proponho que vocês descubram quem é cada garotinha, resolvendo um deles.

1- A menina da posição E comeu bolinhos e chegou antes de mim, que cheguei antes da coleguinha que comeu torradas.

2- A amiga que chegou ao bar, vinda das Perdizes, chegou imediatamente antes da que comeu bolinhos de arroz, que chegou imediatamente antes da menina na posição A.

3- Quem comeu pasteizinhos chegou imediatamente antes da menina da posição D. Simone chegou antes, mas não imediatamente antes, da que saiu da Freguesia do Ó. Essas quatro garotas estavam muito alegres.

4- As quatro coleguinhas e eu somos: Suzana; a que comeu bolinhos de batata; a que estava em Higienópolis; a meninha da posição B na foto e a primeira a chegar no bar.

5 - Aquela que estava na Pompéia chegou imediatamente antes de Márcia. A menina da posição C chegou antes da que comeu espetinho vegetariano. A única das amigas que não está nesta dica, não comeu sobremesa.

Espero soluções nos comentários.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Clique na lousa

Quem conhece a Regina queridíssima, sabe que ela é uma mulher de muitos talentos. Nos últimos vinte e oito anos eu tenho convivido com a doutora, com a cozinheira, a costureira, muitas outras e principalmente, com a amiga insubstituível.
Mas a professora, confesso, que até a mim, surpreendeu.
Ela ensina animação em gif, pra quem quiser aprender. São aulinhas preciosas e detalhadas que oferece no tópico Alguém quer aprender a personalizar gifs?II, na comunidade Orkut “Aulinhas Tim por Tim Tim II”.
Eu acho uma delícia, estou aprendendo muito e recomendo pra todos que gostem de figuras bonitinhas, brilho, movimento... pras jovenzinhas e pras eternas meninas.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um doce de mamãe

No mês passado, comemorando o aniversário do Custódio, fiz um almoço pra família toda. Eu ainda não contei que não sei fazer doces, não gosto muito de açúcar e minha mãe sempre fica encarregada deles. Mas ela não tem mania de exagero como eu. Em geral, o doce dá ou sobra um pouquinho.
Bem...éramos dezoito pessoas, pouco mais do que o habitual, o doce de maçã estava delicioso...enfim, não foi suficiente. Algumas pessoas não comeram, entre elas, justamente o aniversariante.
Dona Helena ficou inconformada, ligou no dia seguinte lamentando e no outro ainda:
“Filha, faz um favor pra mim? É muito importante. Você faz?” Faz?
Negar alguma coisa pra minha mãe? Só mesmo se for impossível, caso contrário topo, faço, vou...
Que eu me lembre, nos últimos anos, eu disse não pra minha mãe apenas uma vez, mas também foi demais!!! Era época de Natal e contei a ela que tinha bordado panos de prato pra todas as mulheres com as quais me encontraria nas festas. Atrapalhada e sem tempo pra providenciar presentes de última hora, tentou me convencer a dar três dos panos, pra que ela oferecesse a uma amiga. “Depois você compra outra coisa, filha”. Neguei veementemente!! Onde já se viu? Ora! É claro, dei os panos de prato pra quem os havia destinado, mas comprei um livro pra ela presentear.
Assim, concordei com o favor antes mesmo de saber do que se tratava.
“Faz o doce de maçã pro Custódio? Ele não comeu, 'tadinho'."
Fiz, fotografei e dou a receita.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Exagerada, eu sou mesmo exagerada.


Fazer um exagero de comida, muito mais do que os convidados podem dar conta é coisa tão habitual, tão normal pra mim, que nunca teria pensado no assunto como tema pro blog. Foi a Beatriz quem, no domingo, aqui em casa, diante de uma mesa absurda, sugeriu o tema.
Eu “calculo” a quantidade, como se cada prato fosse o único (e se um deles estiver especialmente gostoso?) e, cardápio planejado com antecedência, se sobrar tempo, invento mais uma coisa pra fazer, e outra e outra...
Sou louca por um fogão e cozinho com carinho, pensando nas pessoas que gostam de cada prato, separo sem cebola, sem azeitona... sem qualquer coisa que alguém não goste e exagero mesmo.
Num certo almoço, o arroz acabou. Não faltou, apenas não sobrou e eu fiquei profundamente envergonhada por mais que todos jurassem que não conseguiriam comer mais um único grão! Como posso ter errado tanto?
Não, não passamos o mês comendo a mesma coisa. Dividimos as sobras - comida da segunda panela que nem foi tocada, tortas inteiras... - e cada um leva um pouco. Há trinta anos é assim e tem gente que não se lembra de trazer potes!
Numa ocasião aconteceu um acidente grave, um imenso caldeirão de feijoada, preparada no dia anterior, azedou espetacularmente!!!! Azedou, espumou e espalhou pela geladeira toda! Como não sou de chorar sobre a feijoada derramada, liguei na rotisseria pra encomendar o que fosse possível ser feito a toque de caixa, expliquei o caso e fui colocada em contato com a Vânia, “assessora para emergências” (achei o máximo!). Conversamos sobre as possibilidades e quando ela perguntou quantos convidados teríamos, pra fazer o cálculo de quantidade, eu menti pra moça! Seríamos quatorze, mas exagerei um pouquinho e disse “Vinte e cinco.”
O que? Comida contadinha? Eu??? Nunca!

Ilustração a “mouse livre” feita em art.com (clique aqui).

segunda-feira, 10 de março de 2008

A sobrevivente

O Custódio gosta de observar pássaros e os atrai colocando comida todos os dias: frutas para os sanhaços, bem-te-vis, sabiás, sabiás-do-campo, saíras e outros mais; semente de girassol pras maritacas e bolacha salgada triturada pros tico-ticos, rolinhas e joões-de-barro. No início, as pombas eram um problema e ele tentou mil maneiras para evitá-las. Algumas não deram muito certo e por fim as sementes de girassol são colocadas num comedouro de onde elas não conseguem pegar e o farelo é oferecido dentro de uma gaiola com a distância entre as grades calculada pra que as aves menores tenham fácil acesso e as pombas não.
A maioria faz poucas tentativas, desiste e some, algumas ficam por aqui esperando por migalhas que as outras aves deixam cair... mas uma foi mais radical...
Há uma semana, quando fui até o quintal logo de manhã, eu me deparei com uma cena muito feia. Uma pomba havia conseguido prender e torcer o pescoço entre as grades. Ela debateu-se alucinada e por fim, parou. Acreditei que tivesse morrido.
Não fosse dia de a Isabel vir trabalhar e a pomba teria ficado lá, do jeitinho que estava! Eu? Tirar com as minhas mãozinhas???? Nunca!
Não foi nada fácil, foi preciso torcer mais o pescoço da ave pra conseguir desentalar e mesmo assim, ainda que em péssimo estado, ela continuou viva e permanece viva. Toda torta, anda pouco, devagar e mal; voa pior ainda, mas sente-se protegida no meu quintal, de onde até sai, na certa em busca de comida, mas volta sempre. Tá bom que é burríssima, mas uma sobrevivente dessas a gente tem que respeitar e decidimos que ela fica.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Coleções


Gosto de colecionar algumas coisinhas: sapatos, jogos, latas de chá, sabonetes, perfumes... Quando contei pra Lígia que pretendia falar sobre o assunto aqui, soube que ela tem uma amiga que também gosta de juntar objetos. Assim, fomos até a casa da Fátima fotografar suas coleções, que muito agradável e simpática, botou tudo abaixo preu ver e acabei decidindo escrever sobre as dela porque as minhas são nada diante do que vi lá.
Ela junta tudo que se possa imaginar e mais alguma coisa: pingüins de geladeira, anjos, oratórios, corujas, quadros, ampulhetas, abridores de lata, bailarinas, óculos, celulares, latas de refrigerantes e cervejas, pedras, moedas, notas de dinheiro brasileiro e do mundo todo, cadernetas escolares, cartões postais, figurinhas, calendários, cartões telefônicos, selos, latas e até ingressos de jogo de futebol.
Não acabou! A filha também gosta de juntar coisinhas: papéis de carta, brindes da Coca-Cola, bichinhos da Parmalat e muitos outros. A moça guarda todas as canetas que já usou na vida e o que pra mim é o máximo, ela juntou, de forma organizada, separadas por cor, todas as pontas de lápis que foram quebrando ao longo dos anos.
Os relógios antigos não pertencem à mãe nem à filha, são do pai, que parece, também tomou gosto pela coisa.
Assim que fotografar todas, coloco as minhas coleções num link, mas eu gosto de ter as coisas pra usar: sapatos, sabonetes e perfumes; beber os chás e brincar com os joguinhos. A Fátima e seu pessoal são os verdadeiros colecionadores, eles colecionam ... coleções.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Mãos de teclado e esfregão


Estou de volta ao meu blog depois de um tempão. Não, não fui pra lugar algum, estava fazendo faxina esse tempo todo. Aproveitei a ausência das minhas auxiliares domésticas e mergulhei no pó escondido e na arrumação da casa.
Não é a primeira vez que faço tal maluquice, prefiro mesmo fazer essa coisa terrível sozinha. Gosto do resultado, é claro, mas também curto o planejamento. Faço faxina matematicamente, penso cada movimento com o objetivo de poupar-me qualquer esforço inútil. Estabeleço uma seqüência rigorosa pra não sujar nos passos seguintes, o que já foi limpo. Tudo minuciosamente calculado.

Parto amanhã pra Araraquara pra descansar um pouquinho, rever gente muito querida e acrescentar novos itens à minha pequena coleção de sapatos!!!
Falando nisso...meninas, vocês conhecem Jaú? Aquilo é o paraíso de qualquer Imelda Marcos! Conto mais quando voltar e sobre as minhas coleções também.
Graça, você e seu flamboiyant estão na minha lista.