sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O olho do meu vizinho


Nós sempre fomos bons vizinhos, gente civilizada que procura não incomodar e cumprimenta sorridente quando encontra as pessoas. Mas não temos tido muita sorte, tem sempre um mais complicado...
Quando construímos nossa casa há vinte anos, no quarteirão todo ela era única. Demorou um pouco pra que começassem as obras por aqui e a primeira foi num dos terrenos ao lado do nosso. Começou e ... parou. Recomeçou, parou de novo... e assim foi até que tivessem construído o suficiente pra instalar um pedreiro e este único, foi tocando devagarzinho.
Tivemos alguns probleminhas com o pessoal desde o começo levamos choque ao encostar nos nossos metais porque o fio terra do vizinho estava ligado à uma barra de sustentação de metal - o Fausto, então com 14 anos, foi quem resolveu o problema - e outras coisinhas assim.
Mais: por oito anos suportamos um barulho infernal. Sabe-se lá porque e o que, mas quebrava-se tudo naquela construção, não importava a hora do dia ou da noite – seis da manhã ...madrugada... sábado... domingo.... O pouquinho que andava, dia seguinte estava sendo posto abaixo, uma verdadeira Penélope pós moderna!
Um dia tentamos conversar com o vizinho, educadamente, é claro! Não foi possível! Bem, como fui a única pra quem ele não ousou dizer palavrões horrorosos, pude dizer alguma coisa e falei que a partir daquele momento, cinco minutos antes ou depois do horário permitido por lei, eu chamaria a polícia!!!! Estava bem descontrolada mesmo! Imagina se eu faria uma coisa dessas e vê lá se a polícia ia ligar pra tamanha bobagem!!!! O fato é que deu certo, parece que o cara não gosta muito de policiais porque os horários passaram a ser respeitados e a casa finalmente ficou pronta. Pronta e com um detalhe especialmente desagradável que a foto mostra bem: a varanda do andar de cima dá bem pra dentro do meu quintal.
A foto mostra também a nossa tentativa de amenizar o problema. Plantamos um pé de maracujá, pra que ele subisse agarrando-se na estrutura que construímos pra tal fim, produzindo uma espécie de cortina de folhas e deu certo. A folhagem preencheu todo o espaço, o pé subiu lindo e deu muitos frutos enormes! Quando eles estavam de tamanho definitivo, lindos e amadurecendo, o vizinho veio reclamar!!!! Que horror!!! Lagartas assassinas estavam caindo sobre as plantas dele e as destruindo!!!!!! Eram exatamente dois vasinhos de flores muito mirradas, encostados ao muro e ele exigia que eliminássemos o pé de maracujá. Bem que tentamos puxar a folhagem de forma que não invadisse o espaço do incomodado (não tenho a menor idéia de como é o nome dele), mas nem seria preciso, naquele dia mesmo o meu lindo pé de maracujá passou a definhar a olhos vistos e de forma tão acelerada que em poucos dias só restaram folhas e frutos secos, como se tivessem sido desidratados propositadamente. Nunca vi uma coisa assim acontecer!!!!!!
Desde então, evito encontrar o vizinho e quando encontro, fico rezando pra que ele não olhe pra mim!!!!!! Morro de medo daquele olhar!

3 comentários:

Anônimo disse...

Esses vizinhos, ê coisa complicada!

Anônimo disse...

Helô, se eu tivesse um vizinho desse acho que pendurava pé-de-coelho e ferradura atrás da porta, plantava uma pimenteira gigante no meu quintal e jogava água benta no portnao todo o dia. Êta olho ruim que o cara tem. Eu heim?

Helô Dondon disse...

Nair

Isso tudo eu não chego a fazer, mas que evito encontrar, evito mesmo! Tem mais, sempre que o Custódio põe o Léo par tomar sol no quintal, ficamos de olho...se alguém aparecer na varanda, escondemos o Leozinho imediatamente!!! hehe